Conceito Aberto: Uma Tendência Que Veio Para Ficar

Os acontecimentos dos últimos tempos – pandemia do Coronavírus, home office e etc – transportaram muitas pessoas para o interior dos seus lares, misturando compromissos que antes eram exclusivos de ambientes externos, como a escola e o trabalho.

As famílias passaram a conviver mais em diferentes momentos do dia. Também houve a necessidade de ter o espaço interno melhor aproveitado, propiciando mais circulação e conforto para os moradores durante as suas atividades.

Observando este contexto fica fácil entender o porquê o conceito aberto tem ganhado cada vez mais adeptos na arquitetura atual.

Aliás, você já ouviu falar deste estilo? Acompanhe o artigo e conheça um pouco mais sobre ele.

Lembrando que você pode acessar qualquer parte do texto, no momento que desejar, pelo índice abaixo.

O que é o conceito aberto?

O nome já diz bastante coisa sobre este estilo. É uma ideia simples, mas que causa uma impressão visual muito bonita e atraente.

Para entender, então, o que é o conceito aberto, veja esta explicação: um imóvel com conceito aberto une os cômodos (principalmente salas e cozinha), sem paredes ou portas.

A separação entre um ambiente e outro é feita pela própria mobília do apartamento ou casa.

A ausência das paredes integra os ambientes de uma forma harmoniosa, criando uma comunicação entre todo o imóvel e valorizando algo muito essencial nos tempos atuais: o espaço.

Alguns artigos encontrados em sites de arquitetura dizem que este conceito surgiu na década de 1990 em Nova York.

Naquela época, os antigos prédios industriais, sem muitas divisórias, começaram a ser transformados em moradia. Com o tempo, este estilo foi evoluindo e sendo adaptado para outros imóveis.

Características do conceito aberto

Como já mencionado, neste estilo de imóvel, as divisórias entre um ambiente e outro são criadas pelos móveis. Mas não é só sair derrubando as paredes por aí: é preciso criar um contexto harmônico que seja bonito e funcional ao mesmo tempo.

As vantagens de investir no conceito aberto são muitas. Uma delas é que facilita a confraternização quando a família recebe convidados.

Por exemplo, você pode cozinhar e conversar tranquilamente enquanto as outras pessoas estão petiscando no sofá.

Não há prejuízos na comunicação e na socialização pela existência de paredes.

Outra vantagem é a mobilidade. Fica muito mais fácil circular entre os cômodos, o que é muito bom para famílias com crianças pequenas.

Os pais podem supervisionar melhor os pequenos e eles correm menos risco de tropeçar e se machucar.

Sem as paredes, a iluminação também ganha mais destaque, uma vez que há menos barreiras para as entradas de luz.

Sendo assim, de forma geral, pode-se dizer que o conceito aberto é uma ótima alternativa para quem procura mais espaço e amplitude, melhorar a circulação de ar e luminosidade do imóvel.

Mas vale avaliar. O conceito aberto também pode ser desvantajoso, caso não faça o perfil da família. Veja algumas ponderações: diminuição da privacidade, pouco isolamento visual e falta de isolamento acústico.

Como aplicar no seu apartamento

Entre as combinações de ambientes mais comuns está a união da sala e da cozinha.

Nestes casos, muitas famílias optam pela tradicional ilha como base para o cooktop ou deixam meia parede fazendo o papel de bancada para refeições mais informais.

O caso da ilha é bastante comum e atrativo, mas exige um pouco mais de espaço, sendo ideal para imóveis maiores.

Embora menos comum quando se pense em conceito aberto, a união do escritório com a sala também faz parte deste estilo.

É uma junção que exige um pouco mais de bom senso, uma vez que o escritório, geralmente, é uma área que exige concentração, enquanto a sala é mais voltada ao lazer.

Esta mistura pode ser aplicada para famílias pequenas, casais sem filhos, onde haverá menos possibilidade de distração e atrito entre os moradores.

Outra possibilidade é criar um único ambiente entre a cozinha e a lavanderia.

Geralmente, esta integração ocorre em apartamentos com metragem reduzida, com o objetivo de aproveitar melhor o espaço.

Para tornar esta união mais bonita e sofisticada, deve-se apostar na mobília planejada que unifica muito bem os dois cômodos.

Uma dica: use o mesmo revestimento no chão dos cômodos integrados. Assim, o ambiente parece mais amplo, oferecendo, também, mais sensação de liberdade.

Espaços totalmente integrados: conheça os lofts

Se você já assistiu algum seriado americano, certamente, já viu um loft, mesmo que você não saiba o que é.

Geralmente, este tipo de imóvel é buscado por pessoas solteiras e sem filhos, que prezam pela liberdade pela vida mais “cool”.

Estes apartamentos trazem consigo um ar mais descolado e uma pegada mais industrial. A característica principal do loft é que os espaços são totalmente integrados, sem nenhuma divisória. As plantas são livres.

Pode-se dizer que é o conceito aberto na sua totalidade, uma vez que todo o imóvel se integra, sem paredes.

Conclusão

Não é porque um estilo arquitetônico está em alta que você deve incorporá-lo ao seu imóvel.

Como mencionado no artigo, o conceito aberto traz muitas vantagens se bem aplicado.

Mas, em contrapartida, também oferece algumas desvantagens como a falta de privacidade e isolamento acústico.

Por isso, antes de sair quebrando as paredes por aí, converse com todos os moradores e entrem em consenso se faz ou não o perfil da família. É preciso que o lar faça sentido e traga conforto para todos e não só esteja “na moda”.

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Imagem destaque: Casa